Uai not?

Por Lauro Lisboa Garcia – 13/12/14

Sempre tive a little problem com artistas brasileiros who sings in english. Acho que poucos convencem because of the lyrics, the accent e a confusão de identidade. Na 4ª mostra Cantautores, yesterday, se apresentaram two nice guys, representantes de rock bands da cena indie de Belo Horizonte: Vinikov, que abriu a noite, and André Travassos. People said to me that some years ago houve momentos em que predominavam bands like that com bom público na capital mineira. Travassos, que canta direitinho em inglês, told us que era até mais fácil pra ele improvisar em “embromation” than writing songs in portuguese.

In both cases we can identify the same sources: folk-rock idols como Bob Dylan, Neil Young e no caso de Vinikov, até Elton John e Jerry Lee Lewis, when he decides to play piano em vez da acoustic guitar com que começou o show, and to sing some old songs, quando tinha uma banda chamada Vermute. Member of bands e projetos like Dead Lover’s Twisted Heart (que tem um EP intitulado “Lóvi”) and Orquestra Mineira de Brega, he is agora trying to write love songs em português. Difícil captar the meaning of some lyrics numa primeira audição. But it’s ok, no one understands a single word when Dylan sings com a voz fanhosa e faz reinterpretações que tornam irreconhecíveis clássicos de seu cancioneiro.

In good portuguese, Travassos contou que compôs “Hazy” baseado no personagem de um livro de Bukowski, já lançou um disco instrumental e criou outra banda (Invisível) pra dar vazão a sua porção folk, interesse que – tão logo foi despertado por meio da descoberta de Dylan –, levou-o a pesquisar mais sobre raízes do folk que influenciaram o autor de “Blowin’ in the Wind”. The beautiful “Dreamland” serviu de trilha sonora pra um road movie de curta metragem de um amigo.

Em bom inglês, he dedicated “Yours Truly” to his gradma, que estava na plateia. So tender… He played new songs, like “Good Luck Baby’, algumas de sua banda atual named Câmera, more influenced by Sonic Youth and Wilco, like “Into the Night” e a bela “Astronaut Adrift”. Mais extrovertido do que Vinikov, fez um dueto com ele em português em “Vagabundo” no final do show do primeiro que emendou com o dele. His acoustic guitar soa melhor do que a de Vinikov, and his soft voice reminds me of Piers Faccini, Damien Rice style e os caras da dupla Kings of Convenience, derivativos de Simon & Garfunkel.

Vinikov também cantou mais uma em português, a bem-humorada “Caso Perdido”, algo meio puxado pra tango de cabaré ao estilo de Eduardo Dussek e Kurt Weill, com um pé na superfície áspera de Leonard Cohen. No mais, disse que como canta e toca mal, então tinha de se apresentar bem-vestido. E de fato estava elegante, combinando com Travassos até na melancolia das camisas em tons de cinza. Outra das canções em português é um poema de Paulo Leminski, que ele musicou e como não tinha título, nomeou-a “Azul Amor Beleza”, extraído de um verso do poeta paranaense.

But – sempre tem um porém – o derivativo de Dylan e similares came back pra tomar conta da casa da diluição. E como diz numa canção, “I can’t stop wondering” por qual janela the lights will come in and shine indeed. Só me resta dizer: good luck, folks. Uai not?

FUNARTE MG

TEATRO OI FUTURO KLAUSS VIANA

Rua Januária, 68, Floresta (31) 3213-3084
Venda antecipada www.sympla.com.br/mostracantautores

Av. Afonso Pena, 4001, Mangabeiras (31) 3229-2979
Venda antecipada www.ingressorapido.com.br

PREÇO ÚNICO | R$10,00 (inteira) | R$ 5,00 (meia) *A meia entrada é vendida somente com a apresentação da carteirinha e/ou documentos de identificação no ato da compra;